Agora sei que a minha língua é a língua de sinais.
Agora sei também que o português me convém. Eu quero
ensinar português para os meus alunos surdos, pois eles
precisam dessa lingua para ter mais poder de negociação
com os ouvintes [G, 2004].
Eu me sinto bilingue, eu converso com os surdos na
minha língua e converso com os ouvintes no português,
porque aprendi a falar o português, embora eu tenha voz de
surdo, mas as pessoas muitas vezes me entendem. Eu já me
acostumei a conversar com os ouvintes no meu português.
Se alguns não me entendem, eu escrevo [SZ, 2011]
GUADROS, RM Libras. São Pad Patti, 2010.
Considerando os contextos de uso da Libras e da língua
portuguesa, o depoimento desses surdos revela que no
contato entre essas línguas há uma
O situação de complementariedade quanto aos efeitos
sociais e interativos.
condução do contrato comunicativo com base nas
regras do português falado e escrito.
ameaça à proficiência em Libras provocada por
dificuldades de articulação.
preferência pela língua de sinais em decorrência de
fatores identitários.
ideia do bilinguismo como fator de distinção
econômica dos interlocutores.
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