A formação de leitores não é responsabilidade exclusiva da escola. Ainda que essa assuma,
naturalmente, um papel preponderante e não negligenciável, toda a sociedade tem inúmeras
responsabilidades. Nesse sentido, como afirmamos noutra obra (AZEVEDO, 2007), consideramos que é
imperioso democratizar o acesso à leitura, suscitando o interesse e o debate acerca dela. Se há espaços
habitualmente associados a práticas de leitura — por exemplo, nas bibliotecas, nas livrarias ou nas associações
culturais —, outros espaços, eventualmente mais inesperados, como associações desportivas, cafés,
restaurantes, jardins, lojas ou transportes públicos, podem/devem ser percebidos, igualmente, como lugares
conaturais ao exercício e à consolidação de comunidades leitoras.
AZEVEDO, F., BALÇA, A. (Org.). Leitura e Educação Literária. Portugal: Pactor, 2016. p. 7. (Fragmento)
No trecho, os termos “naturalmente” e “eventualmente”
A) são marcas do modo como o autor avalia os conteúdos sobre os quais tais termos incidem.
B) eximem o autor da responsabilidade sobre o conteúdo expresso nos trechos sobre os quais tais termos
incidem.
C) exprimem o mesmo grau de certeza em relação aos conteúdos sobre os quais tais termos incidem.
D) são usados no texto fundamentalmente como adornos, sem relação com a atitude avaliativa do autor frente
ao que diz.