Na abertura do conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, o narrador anuncia que vai contar sua história, carregada de
amoralismo, a pedido de um conhecido, a quem assim se dirige:
Pediu-me um documento humano: ei-lo aqui. [...] Não maltrate muito a arruda se não lhe cheira a rosas.
Com essas palavras, esse narrador dá voz a uma convicção de Machado de Assis, segundo a qual a ficção realista deve
(A) lutar para reformar os costumes e restabelecer a moral tradicional.
(B) espelhar criticamente os fatos, tenham eles os valores que tiverem.
(C) valer-se do humor para amenizar os dramas e as vicissitudes humanas.
(D) alimentar a fé nas providências que restaurem os valores do espírito.
(E) tratar com indiferença os valores humanos, sem distinguir entre eles.