Leia o poema A meu pai morto, de Augusto dos Anjos,
e analise as afirmativas.
Podre meu Pail A Morte o olhar lhe vidra.
Em seus lábios que os meus lábios osculam
Microrganismos fúnebres pululam
Numa fermentação gorda de cidra.
Duras leis as que os homens e a hórrida hidra
A uma só lei biológica vinculam,
E a marcha das moléculas regulam,
Com a invariabilidade da clepsidral.
Podre meu Pail E a mão que enchi de beijos
Roida toda de bichos, como os queijos
Sobre a mesa de orgíacos festins!
Amo meu Pai na atômica desordem
Entre as bocas necrófagas que o mordem
E a terra infecta que lhe cobre os rins!
| As estrofes que começam por “Podre meu Pail”
reiteram a ideia de que, por tras da Morte, ha a
presença de bichos e microrganismos cuja função
é servir à lei biológica, que conduz todo ser vivo
ao seu fim e à dissolução.
IL. O poema, por serum soneto, contrasta com a pro-
dução de Augusto dos Anjos, em geral marcada
pela presença de versos livres e pela renovação
formal
1. O uso de vocabulário científico, transformado
em linguagem poética pelo autor, é percebido na
poesia de Augusto dos Anjos.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
A) |, apenas
B) Il, apenas.
C) tell, apenas
D) Ile Ill apenas
E) | llelll