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Exercício 7854074

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(UECE - 2016)Número Original: 0Código: 7854074

Dois - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1

Redação
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Questão de Vestibular - UECE 2016
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PROVA I: REDAÇÃO Contextualização: Em 2013, o jornal O Povo lançou um desafio a alguns colaboradores: cada um deveria escrever uma crônica para homenagear Fortaleza. No dia 13 de abril daquele ano, o jornal comemorou o aniversário da cidade publicando crônicas desses diversos autores, que enfocaram aspectos variados da vida na capital cearense. Uma amostra dessa diversidade de olhares são os trechos das crônicas RIO, MAR e MINHA PEQUENA FORTALEZA, que estão incluídos entre os textos de apoio. Propostas de escrita Prezado candidato, Inspirando-nos na ideia de O Povo, lançamos a você, nesta prova, o desafio de escrever sobre o lugar onde você mora. Dependendo do que tem a dizer e do enfoque que deseja dar ao tema, você deverá optar por uma das propostas sugeridas a seguir. Proposta 1: Escreva uma crônica tendo como foco algum(ns) fato(s) do cotidiano do lugar onde você mora (cidade, vila ou comunidade rural). Proposta 2: Escreva um artigo de opinião discutindo questões relevantes relacionadas à vida do lugar onde você mora (cidade, vila ou comunidade rural). Textos de apoio Os textos 1, 2, 3 e 4 foram selecionados para subsidiá-lo(a) na escrita. Leia-os e desenvolva sua redação seguindo a proposta escolhida. TEXTO 1 RIO, MAR Urik Paiva [...] Nós tinhamos uma espécie de projeto, eu e Nikos, de não ter rumo em nossos passeios. Conversávamos bastante; e, dessa forma, desbravamos, grande circular, quase toda a Barra do Ceará. Nikos era um pastor alemão de grande porte, o que facilitava nossas costuras pelo bairro: o cão me dava alguma respeitabilidade. Desconfio que ele pensava a mesma coisa de mim, mas ninguém precisava saber que éramos dois frouxos. As coisas mudam muito por aqui, mudam em todo canto, e em mim. Posso enxergar essa ponte se fazendo do nada. Um trabalhador da obra caiu de barriga no rio e morreu, foi o que a galera chegou contando à época. De lá pra cá, eu mesmo já caí de barriga em alguns fatos e sobre algumas pessoas, mas venho sobrevivendo. Agora, aqui, diante do rio, diante do mar, estou à prova. Quero passar dessa tempestade. Elejo, como que pescando, bons pensamentos para sobreviver, mas é uma seleção dificil. E possível se morrer pensando? Sim, existem uns muito perigosos. [...] Meu rio anda se tornando mar, Nikos. Está se caudalando. Dezoito anos, hora de nascer. [...] Vou ter de aprender a nadar nesse mar: terminar a faculdade, arrumar um emprego. Todos os anos falo de morar sozinho, longe da Barra da saia da mãe, mas nunca parto. As coisas mudam, mas são as mesmas. Nos anos 70, alguém deve ter entendido, no meio do salão do Clube de Regatas, noite de baile, as mesmas coisas que eu estou entendendo agora: que nem todos os planos dao certo, nem todos os amores são correspondidos, nem tudo cabe no bolso. E disso que eu estou falando, Nikos, do aprendizado da vida, da convivência com o fracasso. [...] Todas as pessoas têm problemas, mas nem todas reparam no horizonte; e aí é onde está o pulo do gato. Os meus problemas, chego à conclusão, são pequenos em relação aos de muitos aqui. [...] Aqui a barra é pesada, Nikos. É um mundo cão, com todo o respeito a você. A gente precisa aprender a lidar, com o que está dentro, com as inconstantes águas de dentro. [...] Nikos, já se passaram alguns anos; já sou o que se pode chamar de adulto. Terminei a faculdade, estou trabalhando, mas não saí da Barra ainda (nesse ano, será?). Talvez porque só assim eu veja o pôr-do-sol da janela do ônibus, essa cena que me comove. Queria que pudesse ver como estou agora, Nikos, mas você já está no céu dos cachorros. Sinto falta de sua aprovação canina, porque o mundo não é muito simpático. [...] Mas nós somos o mundo, eu e todo mundo [...] Dividimos, então, o mesmo oceano difícil. Engolir água, bater a cabeça num banco de areia, ser atravessado no estômago por um cardume de peixes, e ainda assim ser uma Fortaleza. Adaptação http://www.opovo.com.br/app/opovo/cadernosespeciais/2013/04/13/ TEXTO 2 MINHA PEQUENA FORTALEZA Sandra Helena de Sousa Fortaleza era uma cidade invisivel para mim. Uma cidade que não respondia minhas perguntas. Eu odiava até, supremo pecado, o inclemente sol de Fortaleza. Foi preciso me afastar dela, milhas de quilômetros, para senti-la pulsando intransigente em meu peito. Sim, porque nossa cidade sempre nos acompanha, A cidade de nossa infância é sempre o mundo inteiro em nós.[...] Filha de trabalhadores pobres nasci e cresci na Vila do Meio. Desde cedo aprendi que por isso eu era melhor do que aqueles da Vila do Arame, vá lá saber por quê. As tais vilas margeavam o recente e imponente Ginásio Paulo Sarasate e essa localização privilegiada sempre me rendeu dividendos na escola, apesar da casa minúscula. Uma pobrinha bem localizada. [...] Anos depois, de volta de uma incursão demorada no sul do País para estudos, vim a morar no Papicu, agora professora universitária, isto é, “rica”. Agora eu era alguém que alugava um apartamento no nono andar, com varanda. Um luxo só. Lembro-me da primeira vez que cheguei à sacada e olhei para baixo. Uma ideia estranha me tomou: os prédios pareciam ter sido ali encaixados pelo alto, como se viessem pré-moldados. [...] Descobri que estávamos morando na Favela Verdes Mares, só que no nono andar. [...] Um dia, resolvi descer e penetrar a favela, minha faixa de Gaza particular. Beber uma cerveja com os meus, pobres de origem como eu, mas tão distantes do que eu me tornara, pensava eu numa tarde de domingo especialmente melancólica. [...] Entrei no boteco mais movimentado e barulhento e, enquanto aguardava a cerveja, um homem jovem que me pareceu ser o chefão do lugar aproximou-se e perguntou o que eu queria ali. “Não sou polícia, não sou isca, não quero drogas. Quero apenas tomar uma cerveja. Moro ao lado.” “Sozinha? Não tem medo?” “Um pouco, mas a curiosidade é maior”. “Fique tranquila, ninguém lhe fará mal, eu garanto”. Quando saí um rapaz me acompanhou até a porta do prédio. Nunca me senti tão segura em Fortaleza. Por fora e por dentro. Nem antes, nem depois. Papicu é Fortaleza concentrada em sua criminosa desigualdade. Há de conhecê-lo pelo alto e pelo baixo. Lá eu ouvi algumas das respostas que procurava sobre mim, desconcertantes mas que me tornam quem sou, com muito mais coragem. Adaptação: http://www .opovo.com.br/app/opovo/cadernosespeciais/2013/04/13/ TEXTO 3 VIVER NA CIDADE Denis Russo Burgierman Ao contrário das formigas e das abelhas, os seres humanos geralmente vivem em grupos pequenos, familiares, bem isolados uns dos outros. E aí você pergunta: como assim? E as cidades? E as metrópoles ao redor do mundo? Cidades são exceções na história humana. O ser humano é, como regra, uma espécie rural. Foi só nos últimos milênios que descobrimos o conforto de viver numa cidade. A ONU calcula que, depois de 100 mil anos de maioria rural, a população urbana chegou a 50% em maio de 2007. E agora, pela primeira vez desde o Big Bang, somos maioria. Há mais gente vivendo em cidades que no campo neste mundão. Mas isso não apaga o fato de que somos uma espécie mais dada à vida rural que à urbana. A evolução nos construiu para plantar, capinar, colher, caçar, fofocar, coçar o dedão. Não para googlar, dirigir e falar no celular - isso aí ainda estamos aprendendo. Nossa vida tecnológica e urbana é uma raridade na história da humanidade. , Mesmo assim, é nas cidades que os lances mais emocionantes da história humana acontecem. E que cidades são lugares incríveis. Nelas, as coisas ficam perto umas das outras. As pessoas ficam perto umas das outras. Isso permite que tenhamos vidas riquissimas, que seriam impossíveis num meio de mato. Podemos aprender com milhares de pessoas diferentes, circular entre culturas, trocar ideias. Podemos mudar de interesses um trilhão de vezes, em vez de passar décadas submetidos ao mesmo monótono calendário ditado pelas estações do ano, que determinam o plantio e a colheita. Tudo isso é fascinante. Mas não faz sentido viver numa cidade se não formos aproveitar o que ela tem de bom. Se formos nos trancar em nossas casas, e não andarmos nas ruas, não vamos encontrar os outros, aprender com eles. Se nos dispersarmos com a quantidade de informação, não vamos nos concentrar em nada, e o que a cidade tem de fantástico vira ruído. Se formos nos domesticar por um empreguinho e nos acomodarmos com o fato de que precisamos do salário, toda essa riqueza desaparece de nossas vidas. Se entupirmos as ruas com carros e lixo, com câmeras de segurança e muros, aí ninguém se encontra, ninguém troca. E a cidade não serve para nada. Adaptação: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/conteudo 264632.shtm!l TEXTO 4 A CIDADE IDEAL Enriquez/Bardotti/Chico Buarque Jumento: | [...] Queríamos ir juntos à cidade, muito bem. Só que, à medida que a gente ia caminhando, quando começamos a falar dessa cidade, fui percebendo que os meus amigos tinham umas ideias bem esquisitas sobre o que é uma cidade. [...] Cachorro: A cidade ideal dum cachorro Tem um poste por metro quadrado Não tem carro, não corro, não morro E também nunca fico apertado Galinha: A cidade ideal da galinha Tem as ruas cheias de minhoca A barriga fica tão quentinha Que transforma o milho em pipoca Crianças: Atenção porque nesta cidade Corre-se a toda velocidade E atenção que o negócio esta preto Restaurante assando galeto Gata: A cidade ideal de uma gata E um prato de tripa fresquinha Tem sardinha num bonde de lata Tem alcatra no final da linha Jumento: Jumento é velho, velho e sabido E por isso já está prevenido A cidade é uma estranha senhora Que hoje sorri e amanha te devora Todos: Mas não, mas não O sonho é meu e eu sonho que Deve ter alamedas verdes A cidade dos meus amores E, quem dera, os moradores E o prefeito e os varredores As senhoras e os senhores E os guardas e os inspetores Fossem somente crianças Adaptação: https://www .letras.mus.br/chico- buarque/85819/


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