Em função de uma linguagem mais simples e
coloquial, a crônica, muitas vezes, pode
“desrespeitar” a norma gramatical própria do uso
culto da escrita formal da lingua, o que pode ser
observado no texto de Martha Medeiros na seguinte
passagem:
A)
B)
C)
D)
“Eram quatro da manha quando seu pai sofreu
um colapso cardiaco” (linhas 01-02), em que,
gramaticalmente, o verbo “ser”, indicando
tempo, nao varia em numero para concordar com
“quatro da manha”.
“Até a musiquinha que antecede a chamada a
cobrar pode ser bem-vinda” (linhas 35-37), em
que o verbo “anteceder” exige um complemento
com preposição.
“A música que você mais gosta tocando no rádio
do carro” (linhas 57-58), em que a regência do
verbo “gostar” não é obedecida.
“O toque do interfone quando se aguarda
ansiosamente a chegada do namorado” (linhas
49-50), em que a expressão “a chegada” deveria
vir com o acento indicativo de crase, já que o
verbo “aguardar” exige complemento com a
preposição “a”, bem como o artigo que
acompanha o substantivo é do gênero feminino.