Texto 1
O dilema das redes (2020) aborda um dilema comum em
documentários desse tipo. E, sem dúvida, importante a
denúncia vinda dos empresários desse setor que lucraram
muito com a criação de empresas digitais que monopolizam
as redes: a revelação de seu funcionamento, de seus
preocupantes efeitos sobre as pessoas e de sua perniciosa
influência em processos políticos — uma espécie de crise de
consciência. Contudo, eles parecem não entender
exatamente que são eles os protagonistas. Empenhados
em desenvolver uma “ferramenta” capaz de integrar as
pessoas, viram-se enredados nessa rede cuja finalidade
era prender a atenção e servir de plataforma de marketing.
Ora, é evidente que são empresas que querem lucros,
portanto, não são exatamente “ferramentas”. O
documentário afasta a resposta simples de que o produto
que vendem são os dados capturados por essas
plataformas. Elas funcionam mapeando comportamentos e
padrões de modo a dirigir a oferta do produto com um alto
grau de certeza de consumo. E é aqui que a discussão fica
interessante: qual é, afinal, o produto? A resposta do
documentário é simples: nós.
Texto 2
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[Sabe...Eu acho que o dilema não é a rede... mas o pescador!!!]
(Adaptado de Mauro lasi, O dilema do dilema das redes: a internet é o
ópio do povo. Blog da Boitempo. Disponível em https://blogdaboitempo.
com.br/o-dilema-do-dilema-das-redes-a-internet-e-o-opio-do-povo/.
Acessado em 10/10/2020.)
a) Considerando o primeiro parágrafo do texto 1, indique dois substantivos a que a expressão “viram-se
enredados” se refere.
b) Considere a charge (Texto 2) e, com base na finalidade das “ferramentas” (discutidas no primeiro e no
segundo parágrafos do Texto 1), explique por que o dilema não é da rede.