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Os reveses para a montagem dos impérios português e espanhol foram inúmeros. A solução encontrada foi transfor- mar o Estado no grande administrador do comércio colonial. Tanto no caso de Portugal como no da Espanha, o Estado assumia a tarefa de organizar não apenas o comércio como também a extração e produção das matérias-primas. (Janice Theodoro da Silva. Descobrimentos e colonização, 1989. Adaptado.) A colonização ibérica na América baseou-se (A) no monopólio e na exploração do trabalho de indígenas e escravizados africanos. (B) na criação de empresas vinculadas à Igreja e na diversi- ficação das exportações. (C) no liberalismo alfandegário e na organização de minifún- dios com monocultura. (D) na ação de companhias privadas mercantis e no estabe- lecimento da escravidão. (E) no livre comércio e na produção de manufaturados para os países europeus.

"Os povos indígenas tiveram participa- ção essencial nos processos de conquista e colonização em todas as regiões da América. Na condição de aliados ou inimigos, eles desempenharam importantes e varia- dos papéis na construção das sociedades coloniais e pós- coloniais”. camera 201, págor). Sobre a sociedade indígena é correto afirmar: A) A guerra, sobretudo no povo Tupinambá, funcionava como elemento básico na organização e reprodução social dos gru- pos; B) Todas as comunidades indígenas do Brasil colonial pratica- vam rituais de antropofagia: C) A guerra raramente acontecia entre os povos indígenas, ape- nas em alguns momentos, geralmente motivado pela vin- ganga; D) Missões ou aldeamentos não foram estratégias utilizadas pelo colonizador para conversão e exploração do trabalho indígena; E) Houve a permanência de alguns rituais como antropofagia e cauinagens nos aldeamentos jesuítas por fazerem parte da cultura indígena.

A questão da consciência ou autopercepção nacional nas colônias da América tem sido frequentemente tratada de forma desligada do seu contexto político e social. Podemos, todavia, pensar em um sentimento de distinção e diferença, uma falta de identificação com a Europa e uma consciência da realidade colonial que teria existido entre populações mestiças. (Adaptado de Stuart B Schwartz, “A formação de uma identidade colonial no Brasil”, em Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, p. 218.) Com base no texto acima sobre a formação da identidade colonial, assinale a alternativa correta. a) No continente ibero-americano, prevaleceu uma percepção colonial de mestiços distinta daquela das elites coloniais, nascidas ou não nessa região, pois essas elites foram formadas nos cânones universitários coloniais desde o século XVI. b) Composta por imigrantes vindos da Europa e por seus descendentes brancos nascidos no Brasil, a elite colonial e os mestiços construí'am suas identidades calcadas nas tensões sociais e hierarquias sócio- políticas da realidade colonial. c) Em função de experiências sociais distintas, a noção de pertencimento era similar entre os sujeitos envolvidos na realidade colonial ibero-americana. Por exemplo, os quilombolas tinham a mesma identidade nacional que os pardos livres. d) Os brasileiros desenvolveram, desde o período colonial ibero-americano, uma consciência nacional homogênea, porque o modo como eram vistos exteriormente e o modo como se viam influenciavam a compreensão da relação liberal estabelecida entre a colônia e a metrópole.

“ O ponto de partida para a caracterização da economia colonial é o sentido mais profundo e o mecanismo de base das relações metrópole-colônia. Efetivamente, é em função daquele sentido básico que se processa a expansão europeia e se organizam as atividades produtivas no Novo Mundo.” (NOVAES, Fernando Antônio. Estrutura e Dinâmica do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 65). Considerando o texto acima, assinale a alternativa correta sobre o Antigo Sistema Colonial: A) A produção colonial orientava-se para a produção de produtos tropicais que preenchessem a função do sistema colonial no contexto do capitalismo mercantilista; B) Logo nos primeiros anos, a indústria cafeeira tornou-se um dos carros chefes da exploração colonial devido sua alta rentabilidade no mercado europeu; C€) O processo de colonização das Terras Brasilis se deu imediatamente após a viagem de Cabral por meio da agricultura e da doação das Capitanias Hereditárias; D) A colonização da América Portuguesa se deu pela mineração voltada para o fortalecimento do mercado interno da própria colônia; E) Na América Portuguesa a dificuldade de entabular- se uma exploração puramente comercial levou à conquista pelo saque das riquezas acumuladas e a dominação dos povos indígenas.

O historiador Sérgio Buarque de Holanda analisou as diferen- gas entre as cidades construídas, no início da colonização do continente sul-americano, por espanhóis e portugueses. Segundo esse autor “para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conhe- ceram”. Além disso, o autor observou que “ao contrário da colo- nização portuguesa, que foi antes de tudo litorânea, a espanhola preferiu as terras do interior e os planaltos”. (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil São Paulo: Cia das Letras, 1995, p 95-90, Adaptado) Sobre as opções de portugueses e de espanhóis para a localização das cidades coloniais, é correto afirmar que (A) as condições geográficas não foram levadas em consideração na escolha dos locais para a fundação das cidades. (B) a dominação europeia nas Américas utilizou as estrutu- ras urbanas construídas anteriormente pelos indigenas. (0) os territórios portugueses e os territórios espanhóis foram igualmente urbanos, pois ambos eram colônias de povoamento. (D) a colonização portuguesa baseou-se em feitorias comer- ciais litorâneas, e a espanhola baseou-se na extração de minerais no interior. (E) as cidades coloniais portuguesas seguiram o modelo de construção católico, e as espanholas seguiram o modelo arquitetônico protestante