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1(UECE - 2023)Número Original: 0Código: 14168127

Dois - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1 - Caderno Redação e Língua Portuguesa (Somente Redação)

Redação
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Questão de Vestibular - UECE 2023
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2(UECE - 2023)Número Original: 0Código: 12798500

Um - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1 - Caderno Redação e Língua Portuguesa (Somente Redação)

Redação
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Questão de Vestibular - UECE 2023
Questão de Vestibular - UECE 2023
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Prezado(a) candidato(a), Cresce o número de animais de estimação, nos lares brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2013, de cada cem famílias, 44 criam, por exemplo, cachorros. Profissionais de saúde, como psicólogos, sublinham, por exemplo, a importância da convivência com animais para a saúde emocional, porque, entre outras coisas, essa convivência ajuda na socialização, no combate ao sedentarismo etc. É importante atentar para os cuidados que esses animais demandam e, consequentemente, os gastos acarretados por esses cuidados. Nesta prova de redação, você escreverá sobre a implantação de políticas públicas para o cuidado com os animais de estimação bem como sobre o problema dos maus-tratos e do abandono de animais. Tomando por base seus conhecimentos sobre a temática, bem como os dois textos motivadores desta prova, escolha UMA das propostas a seguir e componha seu texto. Proposta 1 No dia 4 de outubro, celebra-se o Dia Mundial dos Animais. O curso de Medicina Veterinária da UECE incluiu a data entre as comemorações de seus 60 anos e abriu inscrições para a seleção de textos que comporão a coletânea “A vida dos animais de estimação no Estado do Ceará” a ser lançada no ano de 2023. O material será composto por textos escritos por diversas personalidades da sociedade civil, entre elas, um aluno ou aluna, que representará os estudantes nessa publicação. Você foi convidado para fazer parte da coletânea. Para isso, escreva um artigo de opinião, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre “A importância de políticas públicas para os direitos dos animais de estimação no estado do Ceará”. Proposta 2 Você irá participar de um concurso para selecionar os melhores textos que comporão o livro “Sou animal e tenho sentimentos”, a ser lançado pela Faculdade de Veterinária (FAVET) da UECE. Imagine, então, que você é um animal que foi abandonado e escreva, em uma página de diário, um relato sobre como você se sentiu vivendo nessa condição. Não esqueça de que esse texto deve ser escrito na modalidade escrita formal da língua portuguesa. Texto 1 Cresce o número de adoções e de abandono de animais na pandemia Os animais não são objetos, eles necessitam de atenção e cuidados, por isso o processo de adoção de um pet deve ser feito com responsabilidade, jamais por impulso. Dados da Uipa — União Internacional Protetora dos Animais — mostram que aumentou em 400% a procura de animais para adoção. Isso é um reflexo da pandemia, que fez com que as pessoas ficassem mais reclusas em suas residências. No entanto, esse entusiasmo inicial muitas vezes não faz com que as pessoas reflitam sobre a responsabilidade que é adotar ou comprar um animal. Com isso, é grande o abandono, o que só contribui para a elevação do número de animais nos abrigos. A professora Patrícia Faga Iglecias Lemos, do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, com pesquisa na área de Direito Ambiental e diretora presidente da Cetesb — Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, lembra que “nós temos a Lei de Crimes Ambientais 9605/98, que prevê, em seu artigo 32, a questão do ato de abuso, maus-tratos, ferir, mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos. Essa legislação foi alterada e, com a lei 1095/19, aumentou a punição, que antes era de três meses a um ano, com multa e proibição de guarda, para dois a cinco anos de reclusão.” O Estado de São Paulo conta com uma Delegacia Eletrônica de Proteção Animal e a denúncia pode ser feita via internet. Qualquer tipo de prova pode ser utilizada na identificação de quem comete o abuso. Servem fotos, vídeos, uma identificação do local e endereço. A professora Patrícia lembra que há uma cartilha para denúncias do Ministério Público que pode ser acessada pela internet. A questão legal não é a única situação a ser pensada na adoção de um cão ou gato. A professora Deise Dellova, chefe do Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP de Pirassununga, lembra que é preciso ter muita consciência, não agir por impulso, para não se arrepender depois, pois há vários fatores envolvidos nesse processo. “O animal não é um objeto, ele precisa de cuidados e atenção e, quando isso se tornou um peso, a solução foi devolver ao abrigo de animais ou soltar nas ruas. Os animais necessitam de cuidados diários e atenção, devem receber alimentação adequada, serem levados ao veterinário, receberem vacinação anual e castração. O planejamento deve incluir tempo para socializar com o animal, brincar, passear e ensinar. Os custos podem ser adaptados à situação financeira do tutor.” Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que, no Brasil, existem cerca de 30 milhões de animais abandonados; desse total, 10 milhões são gatos, e 20 milhões, cachorros. Os traumas de um abandono deixam várias cicatrizes na vida de um pet, muitas vezes é necessário a ajuda de um veterinário ou adestrador para reverter esse quadro. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/cresce-o-numero- de-adocoes-e-de-abandono-de-animais-na-pandemia/ Texto 2 A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel. Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca- trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito. Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansavam de repetir a mesma pergunta: — Vão bulir com a Baleia? Tinham visto o cnumbeiro e o polvarinho, os modos de Fabiano afligiam-nos, davam-lhes a suspeita de que Baleia corria perigo. Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferençavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras. Quiseram mexer na taramela e abrir a porta, mas Sinhá Vitória levou-os para a cama de varas, deitou-os e esforçou-se por tapar-lhes os ouvidos, prendeu a cabeça do mais velho entre as coxas e espalmou as mãos nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjugá-los, resmungando com energia. Ela também tinha o coração pesado, mas resignava- se: naturalmente a decisão de Fabiano era necessária e justa. Pobre da Baleia. Escutou, ouviu o rumor do chumbo que se derramava no cano da arma, as pancadas surdas da vareta na bucha. Suspirou. Coitadinha da Baleia. Os meninos começaram a gritar e a espernear. E como Sinhá Vitória tinha relaxado os músculos, deixou escapar o mais taludo e soltou uma praga: — Capeta excomungado. Na luta que travou para segurar de novo o filho rebelde, zangou-se de verdade. Safadinho. Atirou um cocorote ao crânio enrolado na coberta vermelha e na saia de ramagens. Pouco a pouco a cólera diminuiu, e Sinhá Vitória, embalando as crianças, enjoou-se da cadela achacada, gargarejou muxoxos e nomes feios. Bicho nojento, babão. Inconveniência deixar cachorro doido solto em casa. Mas compreendia que estava sendo severa demais, achava difícil Baleia endoidecer e lamentava que o marido não houvesse esperado mais um dia para ver se realmente a execução era indispensável [...]. RAMOS, GRACILIANO. Vidas Secas. São Paulo: FTD, p. 40.


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3(UECE - 2018)Número Original: 0Código: 7865214

Um - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1

Redação
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Questão de Vestibular - UECE 2018
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Prezado(a) Candidato(a) Reconhece-se, hoje, o grande aumento da expectativa de vida no Brasil. Entretanto, por sermos considerados ainda um país, em grande parte, formado por uma população de jovens, não estamos, infelizmente, preparados para lidar com o envelhecimento de nossa gente. Tendo como base suas experiências de vida, os textos que compuseram a Prova de Lingua Portuguesa desta segunda fase do vestibular que retratam o tema da velhice, bem como os três textos motivadores dispostos abaixo que também versam sobre a temática da velhice e do idoso, escolha UMA das propostas abaixo e componha seu texto. Proposta 1: Escreva um artigo de opinião, adotando um posicionamento acerca do despreparo do nosso país, incluindo aí a sociedade em geral e as autoridades, para encarar o envelhecimento de nossa população. Suponha que este seu texto será publicado na sessão “Opinião” do jornal de maior circulação da sua cidade. Proposta 2: Escreva uma crônica, que poderá ser publicada numa coletânea de textos literários com o tema geral sobre a velhice, narrando um episódio de desrespeito a uma pessoa idosa e as implicações de tal ato. TEXTO I Excerto da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso TÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. — Art. 3º E obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. [...] Disponível em http://www .planalto.gov.br/ccivil 03/leis/2003/110.74 1.htm. Acesso: 29.10.2017. TEXTO II Família e estado lideram atos de desrespeito aos idosos O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado em 2012, aponta a existência de 24,85 milhões de idosos no pais. Apesar de representar 12,6% da população brasileira e de ter direitos assegurados pela Constituição Federal e Estatuto do Idoso, grande parte das pessoas que já passaram dos 60 anos sofre com atos de desrespeito, violência psicológica e descaso. Durante o mês de junho a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. A data chama a sociedade à reflexão para a questão, muitas vezes protagonizada pelos próprios familiares dos idosos. Contudo, se as legislações vigentes garantem os direitos dos idosos, quem pode ser responsabilizado pelos atos de violência e desrespeito, a família ou o estado? “Eu diria que em ambos os ambientes acontecem atos de violência e talvez um possa desencadear o outro”, opina a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, irmã Terezinha Tortelli. [...] Notícia adaptada do site: http://www.al2.com/jornalsantuario/noticias/familia-e- estado-lideram-atos-de-desrespeito-aos-idosos divulgada no dia 22 de junho de 2015. TEXTO III Como se Morre de Velhice Como se morre de velhice ou de acidente ou de doença, morro, Senhor, de indiferença. Da indiferença deste mundo onde o que se sente e se pensa não tem eco, na ausência imensa. Na ausência, areia movediça onde se escreve igual sentença para o que é vencido e o que vença. Salva-me, Senhor, do horizonte sem estímulo ou recompensa onde o amor equivale à ofensa. De boca amarga e de alma triste sinto a minha própria presença num céu de loucura suspensa. (Já não se morre de velhice nem de acidente nem de doença, mas, Senhor, só de indiferença.) MEIRELES, Cecília. Como se morre de velhice. Disponível em: http://www .citador.pt/poemas/como-se-morre-de- velhice-cecilia-meireles. Acesso: 29/10/2017.


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4(UECE - 2016)Número Original: 0Código: 7854074

Dois - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1

Redação
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Questão de Vestibular - UECE 2016
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PROVA I: REDAÇÃO Contextualização: Em 2013, o jornal O Povo lançou um desafio a alguns colaboradores: cada um deveria escrever uma crônica para homenagear Fortaleza. No dia 13 de abril daquele ano, o jornal comemorou o aniversário da cidade publicando crônicas desses diversos autores, que enfocaram aspectos variados da vida na capital cearense. Uma amostra dessa diversidade de olhares são os trechos das crônicas RIO, MAR e MINHA PEQUENA FORTALEZA, que estão incluídos entre os textos de apoio. Propostas de escrita Prezado candidato, Inspirando-nos na ideia de O Povo, lançamos a você, nesta prova, o desafio de escrever sobre o lugar onde você mora. Dependendo do que tem a dizer e do enfoque que deseja dar ao tema, você deverá optar por uma das propostas sugeridas a seguir. Proposta 1: Escreva uma crônica tendo como foco algum(ns) fato(s) do cotidiano do lugar onde você mora (cidade, vila ou comunidade rural). Proposta 2: Escreva um artigo de opinião discutindo questões relevantes relacionadas à vida do lugar onde você mora (cidade, vila ou comunidade rural). Textos de apoio Os textos 1, 2, 3 e 4 foram selecionados para subsidiá-lo(a) na escrita. Leia-os e desenvolva sua redação seguindo a proposta escolhida. TEXTO 1 RIO, MAR Urik Paiva [...] Nós tinhamos uma espécie de projeto, eu e Nikos, de não ter rumo em nossos passeios. Conversávamos bastante; e, dessa forma, desbravamos, grande circular, quase toda a Barra do Ceará. Nikos era um pastor alemão de grande porte, o que facilitava nossas costuras pelo bairro: o cão me dava alguma respeitabilidade. Desconfio que ele pensava a mesma coisa de mim, mas ninguém precisava saber que éramos dois frouxos. As coisas mudam muito por aqui, mudam em todo canto, e em mim. Posso enxergar essa ponte se fazendo do nada. Um trabalhador da obra caiu de barriga no rio e morreu, foi o que a galera chegou contando à época. De lá pra cá, eu mesmo já caí de barriga em alguns fatos e sobre algumas pessoas, mas venho sobrevivendo. Agora, aqui, diante do rio, diante do mar, estou à prova. Quero passar dessa tempestade. Elejo, como que pescando, bons pensamentos para sobreviver, mas é uma seleção dificil. E possível se morrer pensando? Sim, existem uns muito perigosos. [...] Meu rio anda se tornando mar, Nikos. Está se caudalando. Dezoito anos, hora de nascer. [...] Vou ter de aprender a nadar nesse mar: terminar a faculdade, arrumar um emprego. Todos os anos falo de morar sozinho, longe da Barra da saia da mãe, mas nunca parto. As coisas mudam, mas são as mesmas. Nos anos 70, alguém deve ter entendido, no meio do salão do Clube de Regatas, noite de baile, as mesmas coisas que eu estou entendendo agora: que nem todos os planos dao certo, nem todos os amores são correspondidos, nem tudo cabe no bolso. E disso que eu estou falando, Nikos, do aprendizado da vida, da convivência com o fracasso. [...] Todas as pessoas têm problemas, mas nem todas reparam no horizonte; e aí é onde está o pulo do gato. Os meus problemas, chego à conclusão, são pequenos em relação aos de muitos aqui. [...] Aqui a barra é pesada, Nikos. É um mundo cão, com todo o respeito a você. A gente precisa aprender a lidar, com o que está dentro, com as inconstantes águas de dentro. [...] Nikos, já se passaram alguns anos; já sou o que se pode chamar de adulto. Terminei a faculdade, estou trabalhando, mas não saí da Barra ainda (nesse ano, será?). Talvez porque só assim eu veja o pôr-do-sol da janela do ônibus, essa cena que me comove. Queria que pudesse ver como estou agora, Nikos, mas você já está no céu dos cachorros. Sinto falta de sua aprovação canina, porque o mundo não é muito simpático. [...] Mas nós somos o mundo, eu e todo mundo [...] Dividimos, então, o mesmo oceano difícil. Engolir água, bater a cabeça num banco de areia, ser atravessado no estômago por um cardume de peixes, e ainda assim ser uma Fortaleza. Adaptação http://www.opovo.com.br/app/opovo/cadernosespeciais/2013/04/13/ TEXTO 2 MINHA PEQUENA FORTALEZA Sandra Helena de Sousa Fortaleza era uma cidade invisivel para mim. Uma cidade que não respondia minhas perguntas. Eu odiava até, supremo pecado, o inclemente sol de Fortaleza. Foi preciso me afastar dela, milhas de quilômetros, para senti-la pulsando intransigente em meu peito. Sim, porque nossa cidade sempre nos acompanha, A cidade de nossa infância é sempre o mundo inteiro em nós.[...] Filha de trabalhadores pobres nasci e cresci na Vila do Meio. Desde cedo aprendi que por isso eu era melhor do que aqueles da Vila do Arame, vá lá saber por quê. As tais vilas margeavam o recente e imponente Ginásio Paulo Sarasate e essa localização privilegiada sempre me rendeu dividendos na escola, apesar da casa minúscula. Uma pobrinha bem localizada. [...] Anos depois, de volta de uma incursão demorada no sul do País para estudos, vim a morar no Papicu, agora professora universitária, isto é, “rica”. Agora eu era alguém que alugava um apartamento no nono andar, com varanda. Um luxo só. Lembro-me da primeira vez que cheguei à sacada e olhei para baixo. Uma ideia estranha me tomou: os prédios pareciam ter sido ali encaixados pelo alto, como se viessem pré-moldados. [...] Descobri que estávamos morando na Favela Verdes Mares, só que no nono andar. [...] Um dia, resolvi descer e penetrar a favela, minha faixa de Gaza particular. Beber uma cerveja com os meus, pobres de origem como eu, mas tão distantes do que eu me tornara, pensava eu numa tarde de domingo especialmente melancólica. [...] Entrei no boteco mais movimentado e barulhento e, enquanto aguardava a cerveja, um homem jovem que me pareceu ser o chefão do lugar aproximou-se e perguntou o que eu queria ali. “Não sou polícia, não sou isca, não quero drogas. Quero apenas tomar uma cerveja. Moro ao lado.” “Sozinha? Não tem medo?” “Um pouco, mas a curiosidade é maior”. “Fique tranquila, ninguém lhe fará mal, eu garanto”. Quando saí um rapaz me acompanhou até a porta do prédio. Nunca me senti tão segura em Fortaleza. Por fora e por dentro. Nem antes, nem depois. Papicu é Fortaleza concentrada em sua criminosa desigualdade. Há de conhecê-lo pelo alto e pelo baixo. Lá eu ouvi algumas das respostas que procurava sobre mim, desconcertantes mas que me tornam quem sou, com muito mais coragem. Adaptação: http://www .opovo.com.br/app/opovo/cadernosespeciais/2013/04/13/ TEXTO 3 VIVER NA CIDADE Denis Russo Burgierman Ao contrário das formigas e das abelhas, os seres humanos geralmente vivem em grupos pequenos, familiares, bem isolados uns dos outros. E aí você pergunta: como assim? E as cidades? E as metrópoles ao redor do mundo? Cidades são exceções na história humana. O ser humano é, como regra, uma espécie rural. Foi só nos últimos milênios que descobrimos o conforto de viver numa cidade. A ONU calcula que, depois de 100 mil anos de maioria rural, a população urbana chegou a 50% em maio de 2007. E agora, pela primeira vez desde o Big Bang, somos maioria. Há mais gente vivendo em cidades que no campo neste mundão. Mas isso não apaga o fato de que somos uma espécie mais dada à vida rural que à urbana. A evolução nos construiu para plantar, capinar, colher, caçar, fofocar, coçar o dedão. Não para googlar, dirigir e falar no celular - isso aí ainda estamos aprendendo. Nossa vida tecnológica e urbana é uma raridade na história da humanidade. , Mesmo assim, é nas cidades que os lances mais emocionantes da história humana acontecem. E que cidades são lugares incríveis. Nelas, as coisas ficam perto umas das outras. As pessoas ficam perto umas das outras. Isso permite que tenhamos vidas riquissimas, que seriam impossíveis num meio de mato. Podemos aprender com milhares de pessoas diferentes, circular entre culturas, trocar ideias. Podemos mudar de interesses um trilhão de vezes, em vez de passar décadas submetidos ao mesmo monótono calendário ditado pelas estações do ano, que determinam o plantio e a colheita. Tudo isso é fascinante. Mas não faz sentido viver numa cidade se não formos aproveitar o que ela tem de bom. Se formos nos trancar em nossas casas, e não andarmos nas ruas, não vamos encontrar os outros, aprender com eles. Se nos dispersarmos com a quantidade de informação, não vamos nos concentrar em nada, e o que a cidade tem de fantástico vira ruído. Se formos nos domesticar por um empreguinho e nos acomodarmos com o fato de que precisamos do salário, toda essa riqueza desaparece de nossas vidas. Se entupirmos as ruas com carros e lixo, com câmeras de segurança e muros, aí ninguém se encontra, ninguém troca. E a cidade não serve para nada. Adaptação: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/conteudo 264632.shtm!l TEXTO 4 A CIDADE IDEAL Enriquez/Bardotti/Chico Buarque Jumento: | [...] Queríamos ir juntos à cidade, muito bem. Só que, à medida que a gente ia caminhando, quando começamos a falar dessa cidade, fui percebendo que os meus amigos tinham umas ideias bem esquisitas sobre o que é uma cidade. [...] Cachorro: A cidade ideal dum cachorro Tem um poste por metro quadrado Não tem carro, não corro, não morro E também nunca fico apertado Galinha: A cidade ideal da galinha Tem as ruas cheias de minhoca A barriga fica tão quentinha Que transforma o milho em pipoca Crianças: Atenção porque nesta cidade Corre-se a toda velocidade E atenção que o negócio esta preto Restaurante assando galeto Gata: A cidade ideal de uma gata E um prato de tripa fresquinha Tem sardinha num bonde de lata Tem alcatra no final da linha Jumento: Jumento é velho, velho e sabido E por isso já está prevenido A cidade é uma estranha senhora Que hoje sorri e amanha te devora Todos: Mas não, mas não O sonho é meu e eu sonho que Deve ter alamedas verdes A cidade dos meus amores E, quem dera, os moradores E o prefeito e os varredores As senhoras e os senhores E os guardas e os inspetores Fossem somente crianças Adaptação: https://www .letras.mus.br/chico- buarque/85819/


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5(UECE - 2024)Número Original: 0Código: 14167302

Um - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Primeiro Dia - Prova 1 - Caderno Redação e Língua Portuguesa (Somente Redação)

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Questão de Vestibular - UECE 2024
Questão de Vestibular - UECE 2024

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